quarta-feira, 1 de maio de 2013

Experiências de trabalho inclusivo


Da transparência à visibilidade

Fonte: Rede SACI em 19/11/2003

Fábrica de vidros faz avaliações de rendimento iguais com todos os seus funcionários

Leandra Migotto Certeza*

SÃO PAULO/SP - Em 2000, quando iniciou o programa de empregabilidade de funcionários com deficiência, a fábrica de vidros Wheaton Brasil tinha apenas nove. Hoje, conseguiu aumentar qualitativamente para 124. Sendo que 49 tem deficiência física, 61 auditivo, 6 auditivo/físico, e 8 mentais. As parcerias com associações como APAE e a SERT, auxiliaram bastante as contratações, porém 70% foram admitidos graças às indicações dos próprios funcionários da empresa que conheciam alguém ou tinham algum parente com deficiência. "A falta de escolaridade foi resolvida com cursos de qualificação e flexibilização das funções. Apenas na àrea de fusão de vidros não temos funcionário com deficiência, por motivo de segurança. Mas, não fazemos nenhuma distinção no uniforme do funcionário pois acreditamos que todos devem tomar cuidado uns com os outros", declarou Luiz Fontana, gerente de Recursos Humanos.

Os treinamentos e/ou processos de seleção são feitos junto com os demais funcionários, assim como as avaliações de rendimento. Quando um funcionário não corresponde às necessidades da empresa recebe o mesmo tratamento, sendo ou não uma pessoa com deficiência, e é desligado do quadro caso seja necessário. Não tem uma postura assistencialista de reter o colaborador apenas por apresentar alguma deficiência.

Também não realizam reuniões específicas com esses funcionários e o chamado 'padrinho' (responsável por acompanhar por um tempo o deficiente mental na empresa) trabalha junto com o novo colega com deficiência somente quando necessário. E conforme o seu desempenho e ambientação dentro da empresa - pode, se necessário - deixar de acompanhar esse funcionário.
Desta forma, não agem com assistencialismo, e sim proporcionam autonomia e independência aos funcionários com deficiência.

"A visita do Ministério Público do Trabalho foi fundamental para alavancarmos o programa social da empresa. Constataram a seriedade do nosso trabalho, e nos incentivaram a apresentarmos o programa de inclusão em diversos seminários em vários Estados. Somos avaliados a cada seis meses pelo MPT e, por enquanto, estamos no caminho certo. E mesmo antes do prazo concedito por eles, já havíamos cumprido a Lei 8.213/91. Buscamos a qualidade nas contratações de todos os funcionários. Já até 'perdemos' grandes funcionários para outras empresas. Isso é gratificante para nós porque acreditamos na importância da responsabilidade social", concluiu Luiz.

Informações: Wheaton - e-mail: grh@wheatonbrasil.com.br ou tel: (0xx11) 4355-1834.

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