sábado, 9 de fevereiro de 2013

Carnaval inclusivo e diverso!


Programa visita ala da Portela composta por pessoas com e sem deficiência
Pankequinha e PimentinhaPankequinha e PimentinhaEspecial de Carnaval traz os palhaçosPankequinha e Pimentinha. Ambos têm nanismo e compõem marchinhas de Carnaval específicas para crianças. Eles nos descrevem esse divertido trabalho: “Convidei o Pimentinha para gravar um CD infantil. E gravamos um CD chamado Festa no Circo Pankequinha e Pimentinha, com doze músicas. São marchinhas boas, para frente, para cima, para todo mundo brincar à vontade, principalmente no Carnaval”, explica Pankequinha.
O Programa mostra a rainha do bloco inclusivo GargalhadaLeonardo Bracannoté maquiador e tem deficiência auditiva. Durante o Carnaval, ele se transforma em Kitana Mc News, drag queen e rainha do bloco. Conversamos também com Yolanda Braccannot,  mãe de Leonardo e presidente do Gargalhada.
O quadro Tudo que você queria saber sobre deficiência, mas tinha vergonha de perguntar traz um bate papo com os sambistas Renatinho Partideiro e Bira, do Cacique de Ramos, e Gabrielzinho do Irajá, jovem compositor que tem deficiência visual.
Embaixadores da AlegriaEmbaixadores da AlegriaFernanda Honorato apresenta uma reportagem sobre a Embaixadores da Alegria, primeira escola de samba voltada às pessoas com deficiência, e da qual é rainha de bateria. Caio Leitão, presidente da escola, conversa sobre o enredo deste ano. “A gente vai falar sobre as mães, uma homenagem às mães que amam incondicionalmente seus filhos, as mães especiais, as mães guerreiras, a gente vai levar isso tudo para a Sapucaí em um enredo bem bacana e bem alegre”, completa.
Para comprovar que o Carnaval é a festa da diversidade, uma reportagem mostra a ala Nós Podemos, da Portela, composta por pessoas com e sem deficiência.
Informações:
 Fonte: http://tvbrasil.ebc.com.br/programaespecial/episodio/especial-de-carnaval




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Indignação!! AÇÃO!!

Carta de Marcella Martins (Santa Maria - RS) à Presidente Dilma



Descrição da imagem: foto em close da presidenta Dilma emocionada engolindo um choro

Amigas e amigos, esclareço que publico esta carta como um desabafo de uma pessoa desesperada por ter perdido seres humanos queridos. Faço minhas as palavras dela porque devem ser lidas de forma genérica, pois, infelizmente, a maioria dos governos brasileiros e em vários países ainda não conseguem driblar o capitalismo selvagem que invadiu o Planeta, pelas mãos de homens e mulheres gananciosas e egoístas! 

Confesso que estes gigantescos problemas sempre existiram no Brasil, que veio de uma colonização de exploração e de uma cultura de corrupção tão enraizada. A presidenta Dilma tem sim o dever de lutar todos os dia de seu mandato (concedido pelo povo), de melhorar sempre mais as condições de fiscalização, legislação, distribuição de renda e desigualdade social; mas neste momento ela realmente se emocionou devido a gravidade e intensidade dessa tragédia. 

A responsabilidade pela evolução dos seres humanos é de todos nós! Dilma tem que partir para ações de prevenção de acidentes (considerados crimes) e punir exemplarmente cada responsável por esse genocídio! Neste momento, não deve existir nenhuma rivalidade partidária, política ou ideológica, e sim UNIÃO de todos os seres em busca da sobrevivência com qualidade de vida, segurança e dignidade. 

Cada a todos nós não podemos compactuarmos nunca mais com o nojento 'jeitinho brasileiro' da corrupção, começando por não aceitar ou realizar subornos em todas as ações do cotidiano. Além, de participar ativamente da vida política do Brasil, ocupando os órgãos públicos, acompanhando as audiências, denunciando, enviando abaixo-assinados, comentando na imprensa, e participando de manifestações pacíficas mas reivindicatórias nas ruas. Tragédias fenomenais provocadas por criminosos irresponsáveis, egoístas, capitalistas selvagens nojentos, NUNCA mais ocorram!!!        



"Engula o choro, presidente. Engula o choro ao falar da tragédia de Santa Maria. Engula o choro e todos os problemas desse país que nele estão escancarados. Engula que o medo do segurança de ser demitido neste país é maior do que sua consciência de deixar as pessoas saírem sem pagarem suas contas para não morrerem. 

Engula a soberba dos donos de empresa desta nação que não estão nada preocupados com pessoas como eu e até mesmo como a senhora porque estão focados demais em lucrar, e preferem fechar as portas como numa câmara de gás a ter prejuízos. Engula a pressão que todos os seus funcionários sentem todos os dias. 

Engula que para arcar com seus altíssimos impostos, todos eles dão um jeitinho bem brasileiro de se desviar dos regulamentos e leis. Engula que os órgãos responsáveis por evitar que isso aconteça não funcionam. Engula que eles deixaram essa, entre tantas e tantas casas mais, funcionar sem licença. Engula que provavelmente alguém que também ganha pouquíssimo aceitou um suborno para que isso acontecesse. 

Engula que a senhora deu "é" sorte por ser apenas essa casa entre todos os tantos lugares que deveriam estar fechados, que caiu na boca da mídia. Engula a mídia que vai atacar com todo o sensacionalismo possível em cima das famílias que estão procurando celulares em cima de corpos para reconhecer seus filhos. Engula as operadoras que não funcionam e que provavelmente impediram uma série de vítimas a pedirem socorro. 

Engula que o socorro que chega para se enfiar em lugares como este, pegando fogo, cheio de corpos de jovens para serem resgatados, recebe um salário vergonhoso, com descontos ainda mais vergonhosos, e ainda assim executam um trabalho triste e digno antes de voltarem para a casa e agradecerem por seus próprios estarem dormindo.

Não, presidente. Não chore ao falar da tragédia. Faça! Faça alguma coisa. E pare de nos dar como exemplos uma série de catástrofes para tomar medidas idiotas que não valerão de nada alguns meses depois. Não se emocione. Acione! Acione a todos os órgãos públicos, faça uma limpa em sua maldita corrupção e devolva à segurança pública, às instituições sérias, aos professores, aos bombeiros, aos enfermeiros, aos seguranças, aos jovens, o mínimo de dignidade. 

Não faça um discurso. Mude o percurso. Mude tudo porque estamos cansados de ver nossos iguais pegando fogo, morrendo afogados, morrendo nas filas, morrendo no crack, morrendo, morrendo, morrendo, e tendo como última imagem aquela TV aos fundos anunciando o fim de mais uma bilionária obra de estádio de futebol.

Não, presidente. Desculpe, mas na minha frente, a senhora não pode chorar. Não pode chorar sua culpa. Não pode chorar sua inércia. Não pode chorar no Chile mas também não pode chorar em Santa Maria. Porque isso é muito maior do que só um acidente. Isso é muito maior do que só sua comoção. 

Engula o seu choro, presidente. O seu, o dos jovens que perceberam que não teriam mais o que fazer que não morrer, e em especial, o de seus amigos e familiares, que em um país como esse, não têm outra opção que não chorar. Engula o choro, presidente."