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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
"Por vezes achei que ele era eu", diz Stephen Hawking em vídeo de A Teoria de Tudo
Sempre que um ator sem deficiências interpreta uma pessoa com debilidades físicas ou mentais inicia-se um debate crítico sobre capacitismo e as representações de deficientes na mídia. Quando Eddie Redmayne venceu o Globo de Ouro de melhor ator em filme de drama por seu trabalho em A Teoria de Tudo, o assunto veio à tona novamente. "Talvez seja a hora de pensar antes de aplaudir isso. A vida de pessoas com deficiência é mais do que uma coisa para ser interpretada por atores não-deficientes", disse um artigo do jornal The Guardian publicado um dia depois da entrega do prêmio. Entretanto, uma boa contribuição nesse debate pode ser dada por aqueles que são representados.
Em um vídeo de making of, divulgado com exclusividade pelo AdoroCinema, o consagrado físico Stephen Hawking, interpretado por Redmayne em A Teoria de Tudo dá seu parecer sobre o assunto de uma maneira bem pessoal e sincera: "Eddie me compreendeu e interpretou muito bem. Por vezes achei que ele era eu". O cientista, um dos maiores da atualidade, ainda disse que a performance do ator deve arrancar lágrimas do público: "Acho que o desempenho de Eddie terá um grande impacto emocional".
Redmayne também fala sobre o desafio de interpretar Hawking, diagnosticado na juventude com esclerose lateral amiotrófica, em todas as fases da doença do físico: "Infelizmente, quando você roda um filme ele não é rodado cronologicamente. James tentou desesperadamente fazer isso funcionar no cronograma, mas nunca iria funcionar. Então eu tive de descobrir no processo de preparação como eu conseguiria encenar diferentes capacidades motoras no mesmo dia."
O ator ainda revelou que contou com a ajuda de profissionais de diversas áreas para conseguir "internalizar a doença": "Quando eu estava me preparando para o papel uma das partes mais instigantes foi que eu não sabia que ele era totalmente saudável quando era mais novo. Conheci especialistas extraordinários e eu pegava fotos do Stephen e eles as analisavam e nós concluíamos como a doença se manifestou. Na etapa seguinte eu trabalhei com essa coreógrafa fenomenal e ela e eu descobrimos como pôr isso no meu corpo.
Com direção de James Marsh, o filme é baseado na biografia de Hawking escrita por Jane Wilde, que foi esposa do cientista entre os anos de 1965 e 1995 e no longa é interpretada por Felicity Jones. A Teoria de Tudo recebeu cinco indicações ao Oscar. A estreia no Brasil está marcada para o dia 29 de janeiro.
Fiz só para testar', diz acreana surda nota mil na redação do Enem
A acrena Oziany Silva de Lima Lindoso, de 33 anos, está entre os 250 candidatos nota 1000 na redação do Enem 2014. Deficiente auditiva, Oziany, que é formada em história e trabalha como funcionária da Universidade Federal do Acre (UFAC), diz que não fez o exame com intenção de ingressar na universidade. "Fiz a prova só para testar os meus conhecimentos, pretendo fazer mestrado. Agora, estou em dúvida se vou concorrer a algum curso de graduação", diz.
Natural de Rio Branco, Oziany sempre estudou em escolas públicas e conta que nunca deixou de ler e se informar sobre os assuntos da atualidade. A servidora pública acredita que o gosto pela escrita e leitura tenham sido fatores determinantes para que ela atingisse a nota máxima na redação. Além disso, o fato de ser mãe de uma criança de três anos a ajudou com o tema da redação que abordava a publicidade infantil.
"Nunca deixei de ler, gosto de estar sempre informada, leio todos os dias os jornais locais, e os sites de notícias, para saber o que está acontecendo no meu estado, no país e no mundo. Acredito que esse resultado foi devido eu gostar de escrever e ler bastante. Tenho uma filha e sempre observo a apelação com relação às propagandas voltadas mais para o consumismo. Aliei aos meus conhecimentos de leitura, e deu tudo certo", diz Oziany.
Ela recorda ainda que fez a prova como um desafio, já que buscava alcançar uma nota melhor que no ano anterior, mas confessa ter se surpreendido com o resultado. "Não fiz o Enem 2015 com intenção de concorrer a nenhuma vaga na universidade, talvez daqui para segunda-feira (19), que é quando começam as inscrições, eu resolva concorrer à vaga. O que eu gostaria mesmo de fazer agora, era um mestrado, até porque já tenho graduação. Caso eu decida concorrer a alguma vaga, eu vou tentar para direito", afirma.
Além de já ter graduação e ter o sonho de fazer mestrado, Oziany explica que um dos motivos para não ingressar na universidade é que tem uma filha, de 3 anos, e passa muito tempo longe de casa por trabalhar o dia todo.
Preconceito
Por causa da surdez severa e profunda, Oziany diz ter enfrentado preconceito na escola. "Me considero uma vencedora por tudo que já passei, inclusive o preconceito das pessoas, principalmente no início da minha formação, no colegial. Sempre procurei mostrar que dou o melhor de mim, e que sou normal como qualquer outra pessoa", afirma Oziany.
Apesar dos obstáculos, ela diz que teve professores que a ajudaram a superar os desafios que apareciam pela frente. "Como não ouço se a pessoa não estiver na minha frente, tinha muita dificuldade na escola. Principalmente nas disciplinas de matemática, física e química, que tem bastante cálculo e é preciso acompanhar a explicação e o quadro ao mesmo tempo. Tive muitos professores que foram fundamentais nesse processo, eles vinham até a minha mesa para me explicar", revela.
O gosto pela leitura foi desenvolvido no ensino médio. "Nessa época tive um professor que trabalhava redação e interpretação de texto comigo, acho que ele gostava de mim e queria me ajudar, desde então peguei o gosto pela leitura e não parei mais", diz.
Para quem deseja obter o mesmo resultado no próximo Enem, ela garante que o segredo é a dedicação e principalmente a leitura. "O importante é se informar sobre o que acontece ao seu redor, as notícias de política, economia, sociedade. Além de tudo isso, praticar a escrita, já que hoje em dia estamos muito acostumados em somente escrever pelo computador, nas redes sociais e acabamos deixando de lado a boa escrita", conclui.
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