Queridas e queridos leitores e leitoras, é com muita saudade e alegria que compartilho com vocês esta obra prima do meu grande amigo do peito.
Guardo comigo, no fundo do coração, cada mensagem que trocamos, palavras que compartilhamos, sentimentos, ideias e ideais que vivemos juntos tão intensamente ao tocarmos um ao outro com nossos textos.
Guardo comigo, no fundo do coração, cada mensagem que trocamos, palavras que compartilhamos, sentimentos, ideias e ideais que vivemos juntos tão intensamente ao tocarmos um ao outro com nossos textos.
Eu tive a grande honra e satisfação de conviver com ele nos anos 2000 em diante, quando fomos companheiros de trabalho, como colunistas, em um site e uma revista muito especial e importante em nossas vidas.
E nos anos seguintes, foi ele quem me incentivou a estudar e me tornar escritora, realizando um sonho antigo e tão necessário a minha sobrevivência hoje.
E nos anos seguintes, foi ele quem me incentivou a estudar e me tornar escritora, realizando um sonho antigo e tão necessário a minha sobrevivência hoje.
Espero que vocês também sejam tocados pela sabedoria, clareza e carinho desse homem tão único e necessário a ser sempre lembrado!
Democracia, sempre
Por José Olímpio Cavallin*
Eleger
governantes e representantes políticos sempre me pareceu um direito mais do que
comprometedor. Convencidos por mil estratégias, votamos mais em figuras do que
em idéias; mais em perfis pessoais do que em programas de atuação política. E
isso nos compromete com o destino que é dado à história do País...
O
pensador francês Montesquieu, lá pelo século XVIII, escreveu que a República
deve ser construída mais sobre as instituições do que sobre os homens que a
compõem. Se estava certo, estamos duplamente perdidos, graças às fragilidades
da nossa República tropical. Nossa esperança repousa nas pessoas.
Basicamente,
ainda somos um povo ordeiro e trabalhador, apesar da miséria e da conseqüente criminalidade
– as duas endêmicas. Nossas elites sempre estiveram cegas ao abismo cada vez
mais próximo de seus muros. Os pobres ainda são, no Brasil, a mais perfeita
tradução para o termo massa de manobra. Em todos os níveis da vida nacional
revela-se o tremendo poder da corrupção, que transforma gente até então honesta
– pobre ou não – em vampiro da sociedade.
Boa
parte da classe política tem adotado uma ética particular, regida por
princípios bem distantes do bem comum. “Democraticamente”, nenhum partido
político tem conseguido sair ileso das tentações mais previsíveis. Ativa ou
passivamente, cada vez mais parlamentares se abraçam numa obscena ciranda em
causa própria.
E,
agora, que nossas famosas urnas informatizadas irão processar a sorte do
plantel congressista para os próximos anos, o quadro traçado pelo voto popular
pode ter, ou não, significado um avanço para o país.
O
que me parece muito mais significativo é que o cidadão-eleitor – consciente do
seu poder – não se corrompa por interesses particularizados, não se torne
cúmplice de falsas demandas coletivas, não viaje em barcas furadas por líderes
carreiristas. Sintetizando: antes dos políticos, nós é que precisamos evoluir
no julgamento e na proposta de uma Nação politicamente saneada.
Já
tivemos todo tipo de governantes, das mais diferenciadas origens e tendências.
Nenhum deles conseguiu escapar das dominações de um mundo polarizado pela economia
e seus instrumentos de poder. Nenhum deles se tornou um herói do povo.
Por
outro lado, em nenhuma outra época tivemos tanta clareza de informação e
conscientização, tantos exemplos de como não se deve acreditar em discursos
vazios de sentido e credibilidade. Ditadores e salvadores não vingam mais...
O
mito de um governo realmente democrático sempre passa pelo sonho popular, mas
tropeça numa misteriosa mudança de rumos. Algo que só experimente quem chega no
poder e, sabe-se lá porque, quase sempre acontece.
A
nós, cidadãos mais ou menos aptos a escolher nossos verdadeiros representantes
no jogo democrático, cabe a tarefa intransferível do voto e o peso das escolhas
nem sempre acertadas. Neste caso, bem podemos abortar mandatos mal exercidos,
já que eles – os mandatos – não são mais do que procurações coletivas dadas em
confiança. E confiança não se compra, conquista-se através de uma conduta única
e honesta.
*José
Olímpio Cavallin, paranaense, foi roteirista, diretor, cineastra, dublador, compositor, escritor,
colunista, produtor multimídia. Ele tinha seqüela severa de poliomielite. Esta crônica foi escrita e publicada na edição 37 do 6° ano da Revista Sentidos em outubro de 2006.
Mais sobre Olímpio:
https://youtu.be/iZ4R39q19AE
http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/jose-olimpio-andreatta-cavallin/
http://blogsentidos.blogspot.com.br/2009/03/o-sal-da-terra.html
http://www.oocities.org/py3idr/radioamador/artigos/py5ay.html
http://cineacademia.blogspot.com.br/2011/05/o-olhar-de-quem-faz-acontecer-cinema-no_28.html?view=flipcard
Mais sobre Olímpio:
https://youtu.be/iZ4R39q19AE
http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br/jose-olimpio-andreatta-cavallin/
http://blogsentidos.blogspot.com.br/2009/03/o-sal-da-terra.html
http://www.oocities.org/py3idr/radioamador/artigos/py5ay.html
http://cineacademia.blogspot.com.br/2011/05/o-olhar-de-quem-faz-acontecer-cinema-no_28.html?view=flipcard
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