segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Saudade do meu poeta!!

Querido Olímpio, 

E aí, o céu é um poema? Ou você está trabalhando muito para ensinar os anjos o sentido da vida? 

Eu sei que não deveria, mas MUITAS lágrimas escorrem pelo meu rosto.... O coração está tão apertado... 

Como vou viver sem tuas palavras, amigo???? 

Espero te encontrar um dia para te dar aquele abraço apertado, que infelizmente, não foi possível aqui na Terra por onde você passou tão rápido e nos deixou completamente órfãos de sábias palavras!

TE AMO! 

Lê - sua eterna amiga.

PS: Você me perdoa, mas nossa correspondência é tão valiosa que senti vontade de mostrar ao mundo o quanto a tua amizade foi fundamental em minha vida... Serei eternamente GRATA!!!!  


Ah! Você não pode imaginar o bálsamo que está sendo reler tuas palavras... Que incrível! Mesmo depois de sua partida você continue me fazendo muito bem. Sinceramente, sinto que você foi e é a pessoa maravilhosa que o Universo colocou em meu caminho para iluminar a vida de escritora que sonho ter.... Mais uma vez, muito obrigada!!!

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Vou dedicar meu primeiro livro de contos ao amigo sempre fiel e companheiro que foi Olímpio! 

O que realmente importa na vida é o que fazemos dela... Olímpio nos deixou um trabalho espetacular, maravilhoso e muito tocante. Aproveitem para saber o que é
 "O Sal da Terra"




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Descrição da imagem: Olímpio ao lado da atriz Cristina Pereira 
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Entrevista feita com Olímpio por outra jornalista para o site em que eu fui editora de 2000 a 2002. Nesta época começamos a nos conhecer... 


sexta-feira, 28 de novembro de 2008


José Olímpio - Cor, som e imagem se transformam em arte quando aliados ao talento e a criatividade do produtor José Olímpio.



Roteirista, escritor, tradutor, dublador, compositor e colunista do site Sentidos.








O paranaense José Olímpio Cavallin, 44 anos, atualmente exerce várias funções e sempre no campo da criação. Foi assim desde o início de sua carreira, quando escrevia e produzia programas de rádio. Durante essa semana, José Olímpio começa a acompanhar as gravações de um novo trabalho.Trata-se do longa metragem O Sal da Terra, que deverá ser lançado nacionalmente.

Enquanto respondia essa entrevista à reportagem da Sentidos, José Olímpio também finalizava a produção do roteiro que escreveu para esse filme. Nessa entrevista ele fala sobre sua paixão pelas produções audiovisuais e conta como, mesmo tendo dificuldades para escrever (devido à deficiência física), persistiu e está vencendo na carreira.

Sentidos - Qual sua formação?

José Olímpio - Fugi da escola no 2º grau... (rs). Na verdade, eu tinha muitos problemas com faltas e com a burocracia. O frio de Curitiba e a insensibilidade dos regulamentos acabaram me desestimulando a tentar uma faculdade. Mas, mesmo fora da escola, passei a estudar as áreas que me interessam. Nessa fase, mergulhei no radioamadorismo, em experiências também com rádio broadcast, traduções entre outras coisas.

S- Você tem experiência tanto no campo musical, quanto no cinematográfico. Com qual você mais se identifica?

J.O.- Fazer cinema engloba e sintetiza todas as manifestações artísticas e técnicas, da literatura à engenharia. Quando me lanço num trabalho, acabo me envolvendo em muitas atividades (até porque, no Brasil, as equipes de produção são reduzidas e a gente acumula funções); mas todas me dão muito prazer.

S- Para você, atualmente no mercado brasileiro é mais fácil trabalhar com qual tipo de produção?

J.O.- O mercado audiovisual vive um momento de expansão, depois de um período muito difícil econômica e politicamente falando. Hoje, abrem-se novos segmentos e acontece um verdadeiro redescobrimento do cinema brasileiro por parte do nosso público. Além da projeção de nossos filmes no exterior. Isso é ótimo e dá abertura para a realimentação de um mercado ainda dominado pelo produto norte-americano. Mas, estamos no caminho certo...

S- O que você acha da atual safra de filmes do cinema nacional?

J.O.- Significativa e digna do potencial deste país riquíssimo em talentos, cenários e recursos. A indústria do cinema no Brasil tem um futuro brilhante, só falta (ainda!) acontecer o insubstituível aporte de recursos e incentivos.

S- Dos trabalhos que você fez qual você citaria como um dos mais importantes na sua carreira?

J.O.- A cada novo projeto, sinto que a importância do trabalho aumenta, à medida em que a experiência também cresce. Já trabalhei em mais de 15 vídeos, 5 curta-metragens e 3 longas. Recebi convites para participar de outros projetos, nas áreas de trilha sonora e roteiro.

S-Fale um pouco do projeto que você está trabalhando agora?

J.O.- Atualmente, estou envolvido na produção do longa O SAL DA Terra, de Eloi Pires Ferreira, um filme ambientado nas estradas do Paraná focalizando a espiritualidade. É um projeto ambicioso que pode representar um bom destaque para o cinema paranaense.

S-E para o futuro. O que você ainda pretende fazer?

J.O.- Cinema, muuuuuuuito cinema...! Ah, e muita música também!

S-Por que você decidiu trabalhar com produções?

J.O. -Sempre gostei demais da linguagem cinematográfica, dos filmes e de como eles recriam a caminhada do homem neste planeta; às vezes ficcionando, às vezes documentando. E, como expressão pessoal, acredito no audiovisual como linguagem interativa, universal. Então, a identificação me levou até perto das pessoas da área, comecei a participar e a criar meu espaço.

S- O fato de ter uma deficiência já interferiu em seu trabalho de alguma forma?

J.O.- Sem dúvida. Sou tetraplégico severo, com seqüela de poliomielite, isto é, alguém com inúmeras características adversas para o exercício das atividades que escolhi executar. Até uns sete ou oito anos atrás, eu tinha uma dificuldade enorme para trabalhar, pois o ato de escrever me exigia um esforço bem extenuante. Com o computador e, depois com a Internet, abriu-se uma nova dimensão de autonomia. Hoje, posso atuar em várias frentes: escrevo roteiros, música, colaboro com sites e me comunico muito melhor com as possíveis fontes de informação do mundo todo.

S- Você já pensou em desenvolver (ou já desenvolveu) algum trabalho voltado para a temática da inclusão social?

J.O.- Tenho um projeto chamado "Cidade dos Homens Perfeitos" (adivinhe só qual é o tema...? ehehe), que ainda quero realizar.

S- Você integra também a Câmara Setorial do Audiovisual da CEDEC. Que tipo de trabalho você desenvolve lá?

J.O.- Eu participo, desde 1999, da elaboração da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Paraná; um processo muitas vezes sofrido que resultou num mecanismo legal com resultados ainda não concretizados. Quando a Lei finalmente "saiu do papel", em 2002, fui um dos escolhidos pelas entidades culturais para compor a Comissão de avaliação de projetos a serem apoiados. A Lei hoje está paralisada (e a CEDEC "hibernando"...), aguardando ajustes no mecanismo, pois é baseada no recolhimento do ICMS e, portanto, depende das novas regras da Reforma Tributária.



Reportagem: Claudia Gisele Pinto - Inserida em:24/10/2003 


Fonte: 
http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=4978&codtipo=2&subcat=54&canal=talento


Descrição da imagem: foto de José Olímpio em close sorrindo muito!
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Troca de correspondência entre Olímpio e eu desde quando começamos a ser grandes amigos até 2010, quando o destino (ou sei lá o que) estranhamente nos distanciou... Hoje, relendo suas palavras, descobri que nos amamos muito de uma forma tão única e especial...

Resolvi publicar para compartilhar momentos fundamentais da minha vida ao lado de mais uma das almas gêmeas que encontrei no mundo. Nossa relação sempre foi extremamente profunda apesar de distante e só virtual. 

Hoje que ele se foi, ficou a pergunta em meu peito: "Poderia ter aproveitado mais e convivido com ele pessoalmente? Ou nosso encontro tinha que ser só pelas palavras escritas?" Só tenho uma grande certeza: Olímpio nunca será esquecido porque faz parte do que sou e sempre fui, aqui e em todas as vidas que já vivi. Te amo para sempre, amigo!  


O mais importante, sem dúvida, é o que ele me deixou: aprendizado!! 
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Olá, Leandra.

O prazer de receber sua mensagem, repleta de tantos elogios, é tão grande quanto o de saber que você "viaja" nos meus textos. Gratíssimo por tanta generosidade na sua avaliação do meu trabalho, que não pretende comparar-se ao de ninguém; mas só quer ser uma expressão pessoal acerca do mundo e das pessoas.

Desde o começo, sempre quis que a REPENSANDO fosse um espaço de reflexão, um olhar tranqüilo e sóbrio sobre todos os assuntos válidos para o nosso tempo. A SENTIDOS é o canal ideal para isso, na medida em que se propõe a incluir a expressão das pessoas ditas "diferentes". Na verdade, os diferentes são os que não conseguem SE enxergar no outro, mesmo quando o outro se identifica através da humanidade comum.

Eu também já quis me dirigir a você, após ter lido alguns textos seus. Para mim, a sua linguagem é altamente poética. Mesmo abordando assuntos concretos, você tem uma "saída" inclinada à poesia que personaliza e identifca sua alma de poeta. É bonito escrever assim, sempre com um pé no etéreo...

Atualmente, estou muito envolvido com a produção audiovisual (filmes para cinema / vídeos), mas também atuo na criação e desenvolvimento de material publicitário (jingles) e dublagem. Também sempre gostei demais de escrever. 


É um universo muito amplo, onde tenho experimentado / aprendido muito. Principalmente a importância do imaginário na vida do cidadão do séc. XXI. Virtualizar parece ser a droga mais poderosa do nosso tempo... Mas, tem um lado positivo: proporciona uma chance a TODOS, aptos ou não a serem "perfeitos".

Congratulações por sua atuação profissional (li seu currículo)! Quanto à "parceria" aventada por você, gostaria de saber do que se trata detalhadamente.

No mais, muito obrigado (outra vez) por sua gentileza e pelo carinho demonstrados. Você é uma pessoa de alma bem maior do que a sua estatura.

Forte abraço e até já!

José Olímpio em 2005
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Oi, Leandra!



Também gosto muito de "conversar" com você mas fico encabulado: é muito elogio seu pra mim, menina...! ehehe Agradeço, mas peço que você diminua a dose; senão, vou ficar vaidoso e isso não é bom pra cabeça (nem pro coração).

Puxa, que legal você fazer o curso na RAIZ!... De lá, eu tenho contato apenas com a Assunção Hernandez (via e-mail) do tempo em que ela era Presidente do Congresso Brasileiro de Cinema. O Newton Cannito é um profissional bem conceituado, mas nunca falei ou trquei msgs. com ele.

Parabéns pelo seu esforço (indo ao curso), espero que você extraia dele até mais do que espera. Às vezes, a gente tem uma intuição que pode demorar anos a se concretizar. Exemplo: em 1986, fiquei "louquinho" pra fazer um curso de dublagem, apesar da dificuldade em ir até as aulas. 


Bom, fiz o tal curso - que adorei! - conheci muita gente boa, fui o único aluno atirar nota 10 etc. Sabe quanto tempo levou para aparecer um trabalho, na área?... DEZ ANOS!!! :-))) Mas, imagine só a minha alegria ao fazê-lo!... 

Hoje, já coleciono 4 animações (uma delas é um longa, que será lançado ano que vem) mais 35 aulas de Matemática (made in USA), outras 8 de Ciências e um institucional em que refiz a voz do personagem principal...! Adivinha se eu não estou adorando e, até, sendo pago pra fazer o que gosto?.... hahahahah

Por iddo, garota, vai fundo e capricha no teu sonho, que ele dará frutos se houver perseverança!

Sobre ir a Sampa: faz alguns anos que minhas viagens têm sido curtas; coisas do tempo que faz os pais envelhecerem. Mas, logo que der, quero ter estrutura para retomar minhas andanças Brasil e mundo adentro...!

Escreva sempre que quiser e puder, será uma alegria ler e retornar suas msgs.
Abraço + beijo carinhoso!


José Olímpio em 2005
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Oi, Leandra!

Muito legal seu artigo desta semana, no site! É importante saber reconhecer os protagonistas antigos e novos da história, sejam da história mundial ou da "nossa" história particular. Parabéns, pela idéia e pelo conceito!

E aí, sumida?... Faz tempo que não me escreve... Aliás, quando o fizer, poderia me mandar uma foto sua? A que aparece no site é minúscula, quase irreconhecível...!

Muito obrigado, conte suas novas, abraços + beijos, até já! 

José Olímpio em 2005
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Oi, Leandra, tudo bem?...


Gostei muito da sua postura, no site SENTIDOS desta semana. Parabéns! Não porque possa parecer um "modelo" para alguém em situação igual ou semelhante a você, mas porque sua atitude proativa transparece claramente.

Ando meio "sumido", devido aos projetos, mas estou sempre atento, viu?... ehehe
Um abração e até já! Olímpio em 2005
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Leandra.

Então, você gosta de nadar?... Legal! Eu já fiz umas experiências (c/ colete salva-vidas!), na piscina térmica da APAE Curitiba, e adorei. Minha coluna só me permite boiar em decúbito dorsal e me desloco na água em círculos!... ehehe


Quanto ao seu roteiro:

1) Fique tranqüila, não o divulgarei.

2) Você não é "hermética", é poética; o que pode ajudar ou não, conforme a finalidade do filme.

3) Universalidade é um conceito relativo, pois reflete o grau de compreensão de diferentes públicos, de culturas e formações ddiversas.

4) O "Cinco Minutos" é bem você (imagino eu...), na forma de traduzir suas idéias em imagens. Mesmo nos seus textos, você tende a colorir bastante, encher a "tela" com mil imagens. Isso é bom e bonito, mas pode dispersar. Linguagem audiovisual é um caso sério... Se a gente carrega demais, acham exagero; se a imagem é arida, reclamam da ausência... Então, retornamos à questão da universalidade. Por isso é que há, mesmo no audiovisual, um conceito geral de OBJETIVIDADE e de SUBJETIVIDADE. Resumo: nem sempre o mais belo cabe nesse ou naquele momento audiovisual. Às vezes, uma imagem despojada diz muito mais do que um quadro sofisticado. 'Sim, é complicado, mas vc. tem de usar seu feeling...

5) Em clima de pura alegoria, seu roteiro talvez (eu disse TALVEZ...) nem precise das legendas previstas. Imagens bem arquitetadas superam créditos.

6) Outro cuidado: movimentação excessiva de câmera (chicotes etc.) podem quebrar um ritmo sem tanta necessidade. Mas, tudo é uma questão de experimentar.

7) Continuo lhe dizendo: confie mais no seu feeling, na clareza do que vc. quer passar ao espectador, sem medo de usar a imagem.
Será que fui chato demais?... Desculpe a secura, falei sinceramente...
Um abração, perdoe minha demora em responder (o trabalho anda pesado!). Até já!

José Olímpio em 2005

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Leandra.

Como sempre, sua msg. veio carregada de elogios que me deixam, ao mesmo tempo, encabulado mas feliz pela sua identificação com o que escrevo... Ah, as fotos não vieram junto, viu?... heeeheheh Talvez, você ttenha esquecido de colar os anexos. Se pudedr, tente outra vez.

Espero que você consiga logo um novo trabalho, para se encontrar, como profissional e pessoa produtiva que é. Agora, perdoe o palpite furado: será que na AVAPE e/ou na SENTIDOS não seria um bom ambiente para essa jornalista / ativista tão disposta a batalhar pela causa inclusiva?... Tô falando besteira?...

Sobre as gerações de batalhadores pela inclusão, eu nunca consegui me "enquadrar" em associações da área. Minha última tentativa foi 1996, quando se criava o CVI de Curitiba. 


Fui à primeira reunião preparatória da fundação - convidado pela Presidente - e saí de lá apavorado com o auto-preconceito dos 5 fundadores...! Uma atitude agressiva e ao mesmo tempo oportunista do pessoal, que estava mais a fim de churrasco do que trabalho, esfriou defnitivamente minha disposição em colaborar. 


Depois, já em 2002, encontrei na SENTIDOS o meu canal de militância pela inclusão. Acho que sou mais útil assim, em vez de compor com entidades ou líderes mais "inflamados". Posso estar errado, mas essa foi e é a minha experiência, desde os tempos da escola especial (de onde, aliás, fui "convidado" a sair... eheheh). 


Independente demais (no pensamento)?... Pode ser. Mas detesto ver gente explorando gente, com a desculpa de "promover a inclusão"... Nada a ver, porém, com a luta macro que se vê no Brasil. Isso é bem diferente. Parabéns a você, bem como a tantos outros que tanto fazem e acontecem!



Tenha você também um Santo Natal, cheio de Esperança para 2006!

José Olímpio em 2006
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Oi, Leandra!

Um passarinho me contou: seu aniversário é hoje, né?... ehehe

Então, que este seja mais um dia feliz na sua vida! As pessoas sejam portadoras de energia e paz, no seu caminho. Os amigos sejam rochedos de ternura, os ainda desconhecidos se façam poços de bons fluídos...

Acima de tudo, porém, que você siga invencível, íntegra e vitoriosa; para que Deus se contente e lhe dê mais força para viver!

Abraço forte! José Olímpio em 2006
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Poxa, Leandra, que surpresa!...


Escrevi pra você várias vezes, deixei comentários no seu blog e... Nada de resposta!... ehehe Foi na época em que você estava tristinha, com mil ameaças O.I. pairando sobre sua cabecinha... Ah, lembrei, foi no seu aniversário de 2006; leia uma cópia:



"Oi, Leandra!

Um passarinho me contou: seu aniversário é hoje, né?... ehehe

Então, que este seja mais um dia feliz na sua vida! As pessoas sejam portadoras de energia e paz, no seu caminho. Os amigos sejam rochedos de ternura, os ainda desconhecidos se façam poços de bons fluídos...

Acima de tudo, porém, que você siga invencível, íntegra e vitoriosa; para que Deus se contente e lhe dê mais força para viver!"

Pensei que você estivesse chateada comigo, menina! Fico FELIZ com sua mensagem, por saber que você está ativa. Me conte mais de você, suas novas...

Eu ando fazendo muita coisa, mais a SENTIDOS que é de uma realização muito gratificante, pra mim. Muito grato por seguir lendo minha coluninha, e com tanto carinho! Estou me dedicando bastante a escrever lá, enquanto me abrem esse espaço tão bom na Revista e no site...!

Sempre aqui, à espera de suas novidades, um beijo carinhoso!

José Olímpio em 2007
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Leandra.

Eu não quis elogiá-la, só estava reconhecendo em você as qualidades de alguém que tenta viver intensamente tudo o que pode e tem direito. Apesar das dores, carências, situações.

Acho que é por isso que somos tão próximos nas idéias; vivenciamos contextos semelhantes e travamos a mesma batalha...

Bom, este "lince" míope agradece seu carinho e tenta retribuí-lo. Não sou um grande escritor, estou apenas tendo chance de me expressar, em vários canais e pela SENTIDOS. Vou cavando espaços, aparecem oportunidades, vou aproveitando.
Desejo a você muita realização, prometo ficar de olho em algum freela para uma certa Jornalista mágica... :-)

Fique com Deus, Ele não decepciona ninguém! Seguimos unidos nessa fé que nos move e nos faz ir adiante.
Beijo carinhoso!

José Olímpio em 2007
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Oi, Leandra, como vai?...



Depois de longo silêncio, volto pra dizer um "oi"...!Fiquei afastado muito tempo, também por conta de um acidente - em maio - queme fraturou as duas pernas: fêmur direito e tíbia esquerda. Foram 77 dias de gesso e uns 100 de reabilitação total; principalmente dojoelho. 


Duas Fisioterapeutas maravilhosas e minha cuidadora dedicadíssima(além da minha família!) conseguiram me tirar de um transe que nuncaimaginei passar de novo: dor, gesso duplo (inédito), na cama direto.


Lembrei muito de você, também porque descobri que a osteoporose vaiadiantada em mim. Estou bem mais frágil do que pensava e isso não étranqüilizador. 


Sem comparações, me coloquei na sua condição de nunca saberaté onde a fragilidade define a autonomia, a segurança, a integridade...Saí mais forte de tudo isso e, de alguma forma, quero partilhar essa energiacom você. 

Li sua matéria no site da SENTIDOS - onde não escrevo mais porcausa das mudanças editoriais radicais. 


Gostaria muito de lhe passar a minhapequena vitória sobre a dor e a limitação adicional, como um presente deamigo. Mas, vejo que você segue firme, cheia de Esperança e muito abertapara a vida. Isso é maravilhoso!


Fique na Paz e lembre de mim, que não esqueço de sua existência bonita eativa.Beijos, 


José Olímpio em 2008
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Amiga Lê.

Você precisa parar de me elogiar tanto, que o ego já está saindo pela janela... rsrsrs
Acho que não vou poder ser seu "crítico oficial", porque simplesmente não posso admitir que alguém possa julgar tão radicalmente a idéia, o processo criativo, o trabalho literário do outro. Já nos basta o Editor-Chefe da Revista, patrulhando enfoques, expressões "perigosas" e opiniões mais polêmicas em nossos artigos.

Tudo o que eu pretendi, ao lhe comentar seu texto, foi atender ao seu próprio pedido, nunca sonhei em criticá-lo. Não me julgo capaz ou autorizado a isso (mesmo que você me tenha autorizado).

Prefiro, se você me permitir, comentar suas idéias escritas, mas sem o árduo compromisso de influenciar sua maneira de escrever. Está bem, assim?...
Desejo-lhe uma rápida resolução dos problemas e um feliz resgate da casa do noivo. Escreva-me quendo quiser e puder.

Abração! José Olímpio em 2008

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Alô, Lê!

Pois é, caí da cadeira de rodas numa cratera rente a uma guia rebaixada, a 100Km de casa. Foi uma conjunção de fatores incrível: parafuso da roda dianteira trincado + calçada mal-feita. 


As fraturas foram em seqüência, durante a mesma queda. Mas, não cheguei a bater no chão; fui agarrado no ar por uma pessoa querida (e rápida!). Daí, me recolocaram na cadeira e decidimos voltar a Curitiba imediatamente. Fui direto pro hospital... Hoje, estou bem, ativo e feliz por tudo já ser passado.

Não contei tudo isso pra atormentar você, me desculpe. Imagino o quanto isso pode preocupá-la, mas eu quis dizer que valorizei mais a sua constante fragilidade e o que ela pode causar, a qualquer momento. Mas, espero que você passe a curtir mais a Fisioterapia, menina! 


Eu sou um entusiasta da Fisio, não passo uma semana legal se não a fizer. Nesse episódio das fraturas, acabei conhecendo uma profissional (amiga da minha Fisio titular) especializada em pós-trauma / pós-operatório. A moça foi poderosa, com técnicas de dessensibilização da dor e outras manobras fantásticas. Pena que não adianta indicá-la pra você, mas aí em Sampa tem de ter gente muito boa também...!

Me desgosta saber que você está em conflito. Muitas vezes, é complicado enxergar as soluções, quando se está preso a um contexto opressivo. Só que não vejo você tão "simbiótica" assim com seus pais, quando é tão proativa e independente. 


O simples fato de seguir atuante e com a capacidade de amar já fala por si. Conheço tanta gente apta que, por medo, se enclausura, se tranca por dentro. Detesto comparações e sei que só você mesma pode avaliar o que passa. Mas, não esqueça de olhar um pouco de fora pra dentro (isso é difícil, eu sei), tente um caminho alternativo; nós nascemos pra encontrar caminhos e jamais desistir.

Medo de não ser amado é o terror de todo ser humano. Vivemos querendo o amor, em suas mais variadas formas. Até os piores malfeitores desejam ser amados. Adulta você já é, até precocemente. Fazer com que seus pais "abandonem" a Leandra com O.I., frágil e carente de cuidados, é tarefa que ninguém - a não ser você  - terá de cumprir. 


Eles podem passar a vida sofrendo dessa "miopia amorosa", deixando de enxergá-la como autônoma e capaz de ser feliz. Mas também podem acordar pra tantas potencialidades suas, respeitando sua individualidade e - só aí - desprender-se ( no caso de sua mãe ) para outras atividades. Me perdoe, não sou bom pra aconselhar ninguém; acabo ditando o que vai na minha cabeça...

O filme, que deve ser lançado em SP e Rio no início de 2009, circula pelo interior do Paraná. A distribuição, independente e lenta, não tem poder de fogo e, por isso, vamos conquistando públicos lentamente. Porém, a receptividade tem sido ótima e isso nos ajude a seguir lutando. Aguarde, que logo chegaremos aí. Quero muito que você possa assistir ao O SAL DA TERRA...!

Essa maratona nem tem deixado que eu leia muito, pois também estou envolvido na Comissão de Avaliação da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Curitiba.

Vamos conversando, isso faz bem ao coração. Mando em anexo um texto meu que, acho, você nunca leu; porque foi publicado num site que já não existe.

Obrigado por tudo, fique na paz, beijos! José Olímpio em 2008
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Oi, Lê!

Que bom, não falei besteira...rsrsrs

Faltou eu lhe comentar sobre o lance do "voluntariado". Eu também já passei muito por isso, até na SENTIDOS. Só que chegou uma hora em que eu botei as cartas na mesa e valorizei meu trabalho. Ainda bem que eles também sentiram como eu.

É claro que nunca deixei de colaborar A MAIS do que era remunerado; por exemplo, jamais ganhei nada ($) por colaborar no site. Já na Revista, era diferente. Creio que, na medida em que você tem competência numa área, deve SIM receber remuneração pelo trabalho; até para poder fazê-lo com mais perfeição. Desejo-lhe êxito nessas negociações.

O texto que lhe mandei foi encomendado por um site bem mais light que a SENTIDOS; o clima era de humor e entretenimento. Por isso você sentiu falta de profundidade. Mas, obrigado por curtí-lo.

O filme deve estrear aí em 2009, ainda não sei a data; estamos negociando. Acho que você vai curtir, pous resultou num filme delicado e forte ao mesmo tempo, uma história de aventuras dentro e fora do imaginário. Mando, em anexo, um release pra você.

Fique na Paz, amiga, cultive os seus amores como merecem, escolha ser bem feliz (seja o que acontecer).

Beijos, José Olímpio em 2008
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Alô, Leandra, feliz 2008!

Como você disse que estaria na praia (e sem e-mail), só agora lhe mando o FELIZ ANIVERSÁRIO!

Muito bom saber que você volta ao site SENTIDOS, que agora deve obedecer a uma nova dinâmica; vamos avaliar a performance junto aos leitores.

Sobre seu texto, atrevo-me a dizer:

- o seu estilo segue marcante, não dá pra não saber que é seu;

- confesso que ainda não compreendi aonde vc quis chegar, começando o artigo com sua situação pessoal e chegando às barbaridades da KGB; isso porque você mesma diz que "comparar realidades é falta de respeito". Entendo que sua idéia foi extrapolar o drama pessoal e contemplar os dramas coletivos, tão graves quanto. Mas, mesmo assim (desculpe!), faltou uma amarração mais clara do seu objetivo ao fazê-lo. O que seria?... Será que a intenção foi valorizar as dores alheias, diante da dor íntima? Ou, então, estabelecer um link de solidariedade e protesto pelos excluídos de todo tipo?...

Não fique triste, nem comigo (pela incompreensão) nem com os rumos da vida. Tudo se resolve, na medida da nossa capacidade; até de esperar pela solução.

Beijocas, José Olímpio em 2008

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Amizade


Leandra.

Pensei em responder no seu próprio bolg, mas ainda não me dou bem com aqueles cadastros blogosféricos. Coisa de escriba antiquado, ainda sem muita instrução virtual... rsrsrs

Porém, importa dizer que gostei do seu texto na medida em que ele é VOCÊ. Perdoe a minha pretensão: sou cada vez mais avesso às citações de outros autores, quando escrevo. Já fiz isso, me culpo por uma suposta "carona" no expressar as idéias. Não condeno quem o faz, mas penso umas boas vezes antes de fazê-lo.

Voltando à questão: prefiro a parte do seu texto na qual você se mostra toda, com sua história pessoal ilustrando seu pensamento; com sua exposição destemida dos limites e dos conceitos, com uma "nudez" frontalmente colocada diante do contraditório alheio e da avaliação inevitável de cada leitor. 



Ali, você me mostra o que mais interessa: o seu jeito de viver e, em palavra escrita, de traduzir a sua percepção da vida. Uma vida provante, sim, como tantas outras com que você se solidariza (em palavras e atos). Mas, também, uma vida cada vez mais rica em proveito, em elevação das potencialidades, em apego ao que realmente conta.

E, nessa lista de prioridades, salta aos olhos a acusação maior do nosso tempo: a falta de amor. Romanticismos à parte (porque o AMOR é bem mais do que a propaganda nos engambela), é mais do que oportuno você apontar a ausência do olhar amoroso na vida do cidadão do século XXI; mal-acostumado a traduzir essas quatro letras em satisfação dos desejos periféricos. 



Amor não é sexo, que dele se vale para seduzir. Nem é riqueza e nem servidão. Amor é entrega, altruísmo e misericórdia. Tudo ao mesmo tempo, sem limitações físicas e / ou políticas, faria deste planeta um lugar mais semelhante ao projeto original do mundo. Penso que existe amor até nos processos químico-biológicos da natureza, sem os quais a Terra não se depura dos achaques que lhe impomos.

Então, Leandra, seu artigo vai na direção desse amor que não passa. Ele traz uma imagem de você crescendo (bem mais do que sua estatura compulsória), se apossando das dificuldades para vencê-las, se abrindo para amar aos outros (em casa e fora dela), se fixando numa postura que - certamente! - gera um questionamento proveitoso para muita gente. E tudo por AMOR, esse antídoto infalível contra a superficialidade da nossa pobre (porém, promissora) época.

Grato pelo seu jeito claro de enxergar o que mais nos falta!

Beijo carinhoso,

J. Olímpio em 2008

Descrição da imagem: foto de José Olímpio, em close, sorrindo ao lado de um microcomputador.

Comentário Caleidoscópio: este carinhoso e-mail foi escrito pelo meu grande amigo José Olímpio - produtor e artista multimídia para comentar a 'resenha-crônica' que escrevi "Falta da amor": http://www.saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=23478 (site com acessibilidade virtual).

Vale a pena ler uma de suas entrevistas: 
http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=4978&codtipo=2&subcat=54&canal=talento 
(site que não tem acessibilidade virtual, mas eu irei publicar o texto em meu BLOG na próxima postagem).

Olímpio é um ser humano muito especial pelo carinho que tem com os amigos; telento assombroso com as palavras e as imagens; e principalmente, uma alma e coração extremamente generosos! Sou muito grata pelo seu reconhecimento do meu humilde trabalho com as palavras. Ele conseguiu radiografar a minha alma.
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Cara Leandra.



Já sei que você vai bem, graças à fluidez desse seu novo texto 
http://www.inclusive.org.br/?p=12071


Gostei muito e, ao mesmo tempo, me "assustei", pois sinto que ele retrata mais uma daquelas constatações ferozes com que nós, pessoas com deficiência, temos de trabalhar internamente.


No seu caso, isso é o que dá quando fala mais alto o tamanho da sua alma feminina, maternal. Se eu estiver errado, por favor me perdoe e corrija. Mas, me atrevo a ser solidário na sua ânsia de se tornar mãe. Justo porque seu espírito já superou - em muito! - os seus 96cm!...

Ótimo texto, parabéns, Beijo! 

José Olímpio em 2009
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Lê, você já notou que vc é "só" sorrisos, nas fotos?...
Isso é tão importante como sinônimo do que vc é por dentro...


Siga feliz!

José Olímpio em 2009
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Cara Leandra. Já sei que você vai bem, graças à fluidez desse seu novo texto: http://leandramigottocerteza.blogspot.com/2009_10_19_archive.html

Gostei muito e, ao mesmo tempo, me "assustei", pois sinto que ele retrata mais uma daquelas constatações ferozes com que nós, pessoas com deficiência, temos de trabalhar internamente.


No seu caso, isso é o que dá quando fala mais alto o tamanho da sua alma feminina, maternal. Se eu estiver errado, por favor me perdoe e corrija. Mas, me atrevo a ser solidário na sua ânsia de se tornar mãe. Justo porque seu espírito já superou - em muito! - os seus 96cm!... 


Ótimo texto, parabéns, beijo!

José Olímpio em 2009
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Lê, você já notou que vc é "só" sorrisos, nas fotos?...

Isso é tão importante como sinônimo do que vc é por dentro...

Siga feliz!

Olímpio em 2009
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Leandra, minha amiga.

Se todas as possibilidades falharem, não fique triste e nem desmaie; eu também fico zureta quando me lasco todo por um projeto e, chega na hora H, nem vou assistí-lo... 


Foi assim, quando fraturei as pernas e em tantas outras ocasiões. Digo-lhe isto porque, provavelmente, seja impossível ir a S. Paulo. Mas... Vamos aguardar.

Contudo, é claro que lhe concedo a entrevista; nem que seja via e-mail!... Vá preparando as perguntas...

De novo, muitíssimo obrigado pela amizade, um beijo estalado na bochecha e até já!

José Olímpio em 2009
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Leandra, querida, já li... rsrss

E serei breve, desculpe, porque ando "atolado" no novo filme que estamos fazendo: o Curitiba Zero Grau. Tá um frio tremendo, este ano, bem propício pro filme...

O seu conto:

1) Ninguém pode negar que é autobiográfico, mas também é universal e narra (muito bem!) a vida com O.I..

2) Tem bom ritmo, enleva e chama um clima de fábula.

3) Está de bom "tamanho", acho que você não deve engordá-lo mais... rsrsrs

4) Personagens bons, bem sintetizados.

5) Só cuide com a revisão (cauda e não "calda" do cometa) e com a repetição da descrição daboneca (opinião pessoal minha).

6) Tem razão, as personas do conto vão "moer" você... rsrsrs Ou não.

Vá fundo, sua carreira de contista vai dar caldo...!

Beijo, PARABÉNS!  

José Olímpio em 2009
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Alô, Leandra, Felliz Janeiro (que é seu!) / 2009!



Li seu blog e (desculpe a demora) só hoje posso lhe retornar. Às vezes, fico assustado com a forma que você se expõe nos textos. 


Sei da sua enorme vontade da afirmação profissional e vocacional, sei que seu jeito de escrever é atirado e verdadeiro; mas temo pelos "efeitos" que esses testemunhos pessoais possam causar em alguns. É bobeira minha, é uma paúra que não quero pra você... 

O negócio é ser intensamente o que você é, para que a respeitem e aplaudam / critiquem pela verdade que pratica nas linhas escritas.


Estou muito bem de saúde, curtindo um trato na osteoporose e levando o filme adiante (logo em Sampa, aguarde!...). De quebra, já preparamos um novo longa com cujo projeto vencemos o Prêmio Estadual de Cinema 2008. Foi um presentão de Natal, que precisamos realizar em apenas 1 ano!... Torça por nós, please! Vai se chamar Curitiba Zero Grau e trata da luta diária de 4 personagens nesta capital gelada e polaca do Paraná. Dá caldo, né?...

Fique na Paz, grato pela msg., siga valente e apaixonada; sempre atento à sua pessoa,
beijokas! 

José Olímpio em 2009
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Entrevista feita comigo sobre sexualidade por Olímpio em 2010

1) Como você vê a sua sexualidade, como uma vantagem ou um problema?


Sinto que ser mulher hoje ainda é bem mais 'complexo' do que homem porque existem muitas nuances... Vejo a minha sexualidade não como uma vantagem ou desvantagem, apenas a única que tenho que saber lidar. Amo viver, sou muito libidinosa, meu desejo é um dos motores da minha vida.   

2) Você considera válido ter uma vida sexual ativa sem envolvimento afetivo? Já fez isso?...

Eu já tive alguns rolos só por puro prazer, mas foram experiências de 'amasso' antes do ato sexual 'completo'. Sempre senti vontade de sexo só por sexo porque era uma fase de experimentar e conhecer o meu corpo. No fundo das minhas mais íntimas fantasias sexuais, continuo tendo desejo só por desejo, mas no momento vivo um amor tão pleno, cheio de amizade e paixão, que não há espaço para qualquer sexo fora da relação sentimental fiel com meu marido. O futuro eu nunca posso prever. Acho isso mágico! 

3) O que pensa sobre os devotee? Eles podem ser vistos como "úteis" às pessoas deficientes? Já foi abordada por algum?


Sinceramente, eu não tenho uma opinião formada sobre esse assunto (será que é pra ter?), mas sempre defendo a total liberdade de as pessoas fazerem o que bem entenderem com seus corpos, desde que não seja agressivo com ninguém! Eu já fui abordada por um devotee e odiei! Independente da tara dele por pessoas com deficiência, o que destetei foi a forma agressiva e estúpida que ele me cantou só por telefone. Imagine se eu tivesse conhecido esse infeliz? rsrsrs


4) Já foi casada ou já teve um relacionamento permanente?

Sou 'casada' emocionalmente desde outubro de 2005, e estou em estado de graça constante porque é amor de verdade! Acredito que seja por bastate tempo. Na verdade acredito no amor até que a morte nos separe... rsrs

5) O que pensa sobre sexo solitário e, por extensão, sobre a prática virtual (chats / msn etc)?

Em relação a todo contato virtual, seja para qualquer atividade (profissional, educacional, pessoal, afetiva), acho completamente vazio uma prática sem aproximação e envolvimento, nem que seja passageiro e sem compromisso. O virtual pode ser 100% mentira. Eu só faria sexo pela internet com alguém que eu conheço de carne e osso. Sozinha prefiro me masturbar sem precisar de ajuda. A fantasia e o prazer está na nossa cabeça.

6) O que acha da exploração da deficiência física, como fetiche ou caminho para a celebridade?

Pode me chamar de careta, mas abomino qualquer tipo de exploração, principalmente, em relação a qualquer deficiência (física, visual, auditiva, intelectual, múltipla ou surdocegueira). E também acho tão infantil e vazio a busca pela celebridade, seja por qualquer caminho! 

Obrigadíssimo, Lê!!! Na sequência, conversaremos.

Bjo. -  José Olímpio em 2010.

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Entrevista feita por mim com o Olímpio sobre sexualidade em 2010: 


1- Em que época as pessoas começaram a não ter mais vergonha de paquerar? O feminismo, a chamada liberdade sexual, a massificação do erotismo, e outros fatores influenciaram a 'arte de xavecar'?

Sinceramente, não sei... Tudo faz parte de um contexto coletivo. É como a atual onda de aceitação da "não-privacidade" (???); passa-se para um padrão de conduta diferente, mas não necessariamente imoral, obsceno. Apenas - no caso da paquera - mais aberto. 



2- O Brasil é mesmo um país liberal em relação ao sexo, ou o machismo e a religião ainda são mais fortes na hora de ditar regras que são cumpridas? Ainda existem românticos antigos ou as pessoas vão direto ao assunto?

Ninguém, no Brasil ou não, está livre de ser "romântico", de amar alguém além do desejo. Machismo é anacronismo, moral religiosa (quando bem dosada) é saudável e predispõe a um relacionamento mais decente. Ir aos finalmente só por "obrigação" é burrice e não leva a nada permanente. É como uma barbarização, uma incivilização ditada por modismos. Antiquado ou não, prefiro pensar no "outro" com os mesmos direitos que eu, isto é, ninguém gosta de ser usado.


3- Você acha que as pessoas ainda paqueram mais quando bebem para conseguirem se soltar, ou conseguem dizer o que pensam de cara limpa? Por que as pessoas se escondem na hora de conquistar outra pessoa? Do que elas tem mais receio: de falhar ou de não ser aceito?

Nós temos medo de tudo e de nada, conforme a situação. E o medo, bem trabalhado, é sinônimo de prudência. Caretice à parte, timidez e descaramento não combinam com álcool; porque tiram a pessoa do seu normal, da sua postura verdadeira. Falhar é inevitável, quando as coisas não vão bem dentro da gente. Temer a exclusão ou a rejeição faz parte do jogo, mas não deve se tornar a regra dele. 


4- Hoje as pessoas que já passaram dos 40 conseguem xavecar com mais tranquilidade ou ainda tem pudor?


Taí uma pergunta ótima... Pra fazer a elas! rsrsrs Idade ideal pra sentir atraído por alguém?... Isso não existe. Pra mim, só interessa saber se a pessoa se sente viva.  





Alô, Leandra!

Pena que a revista cortou sua matéria, que ficou muito boa. Tomara que o Sr. Miguez a chame logo, pra outra matéria.

Bem legal, mesmo! Até o "Antônio" ficou bem situado nas declarações... ehehe


Só um detalhe: no qurto parágrafo, penúltima linha, a palavra quatro foi grafada "quadro". Peça pro SACI retificar. (Esse Olímpio é um chato...)

No mais, creio que você já tem material suficiente, na áreaa da sexualidade, pra lançar um livro, não tem?...

Beijos,

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Leandra "global".

Assisti seu vídeo na GLOBO.COM.A primeira coisa que gostei: sua voz, que eu nunca havia escutado. Que bonita e bem colocada!Outra coisa que sempre me "incomoda", nas entrevistas com pessoas deficientes, é a postura. 

Você se saiu muito bem, tranquila e segura. Seu texto estava bem legal e a edição foi camarada; não parece terem cortado algo importante. Enfim, parabéns e tomara que a vitrine também lhe traga boas oportunidades.


Beijo, 

José Olímpio em 2010

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