sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Lutas pelos Direitos Humanos em 2019






Leitoras e leitores do Caleidoscópio, seguem alguns vários dos textos importantes que grandes amigos e amigas, compartilharam na internet. A leitura atenta deles refletem o que eu penso, sinto e tenho como valores até o final dos meus dias na Terra! 

Desejo a todas e todos um 2019 FORTE!!!!!!!!! Nenhum direito a menos!!!!!!! 

Defensores dos Direitos Humanos: Ninguém solta a mão de ninguém!! 

Juntas e juntos, somos mais FORTES!!! 

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Texto de Mauro Lopes, editor do 247 e do Jornalistas pela Democracia


Quando Michelle Bolsonaro manda que OBRAS DE ARTE sacras sejam removidas do Palácio do Alvorada ela não está tomando uma decisão caseira, de alguém que está reorganizando a decoração de seu lar. Ela é casada com o futuro presidente da República, Jair, e o Palácio do Alvorada não é a casa deles, é a residência oficial da Presidência da República. Portanto, ela e seu marido são apenas inquilinos de um prédio público, que é patrimônio do povo brasileiro. 

E, na qualidade de presidente e primeira-dama, os gestos do casal não são "privados". São sempre simbólicos, têm a força de sinalizar para o país qual o caminho a seguir. Michelle e Jair -sim, a decisão não pode ser reputada a ela como "dona de casa"- com este e outros gestos estão indicando ao Brasil: é tempo de guerra à história, à memória e à espiritualidade do povo brasileiro. Mais ainda: a ordem para remoção de obras de arte não se restringe ao Alvorada, mas atinge também o Palácio do Planalto, sede do governo.

Não se deve confundir as coisas. Não se trata de "opção religiosa" de um casal evangélico que não suporta ver imagens de santos. Michelle frequenta a Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro, e o marido foi batizado em 2016 na igreja Assembleia de Deus. As denominações protestantes e em especial os fundamentalistas neopentecostais renegam a veneração a imagens de santos. 

Mas não é dessa posição privada, íntima, do primeiro-casal que se trata. Mesmo porque durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro se deixou fotografar diversas vezes tendo ao fundo uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em sua casa, no Rio. Não. Trata-se de guerra à memória e hostilidade embarcada na lógica fundamentalista.

Pois não são "imagens de santos" que estão sendo removidas do Alvorada. São cinco peças de simbologia católica: um par de anjos barrocos tocheiros, na biblioteca, e quatro estátuas de santos nas salas de música e de estado. Uma das imagens é uma representação em madeira de Santa Bárbara, do século 18. É a história do país que está sendo removida, muito além de qualquer símbolo religioso.

Há sim um ataque de fundo religioso, gravíssimo. Mas ele sequer acontece no Alvorada e o alvo não é a religião católica. Acontecerá no Palácio do Planalto. Lá será removido um grande quadro, a obra "Três Orixás", da pintora Djanira da Motta e Silva. O primeiro casal, ao remover uma obra de arte que evoca divindades do candomblé, está sancionando, autorizando simbolicamente que continuem os ataques dos fundamentalistas aos terreiros das religiões afro do país. 

É o que faz Bolsonaro, em outra esfera, quando ataca impiedosamente os indígenas, os quilombolas e sem terra. Por sua condição de presidente eleito, está sinalizando aos ruralistas: podem atacar à vontade. E eles estão fazendo isso.

O que Michelle e Bolsonaro estão sinalizando, com a remoção das obras de arte sacra no Alvorada e no Planalto, é que o tempo da paz acabou definitivamente. É tempo de guerra. Guerra à história, à memória e à espiritualidade sincrética e colorida do Brasil.

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A RESPEITO DAQUELA MINISTRA E O SENÃO DA HISTÓRIA TODA; SEGUE:


Texto de Fernanda Carlos Borges

"Está circulando na rede uma espécie de arrependimento coletivo a respeito dos memes sobre a futura ministra e seu Jesus na goiabeira. Isso porque ela teve esta visão estando na condição de uma criança perturbada por um estupro. Por isso, importa dizer que ninguém está zoando a criança que ela foi, mas a mulher bem madura que reconta esta experiência para defender valores machistas que mantém as meninas vulneráveis. 

Esta senhora usa esta visão para defender valores que vulnerabilizam mulheres estupradas. Esta senhora quer que outras mulheres arquem com a responsabilidade sobre fetos gerados no estupro. Esta senhora quer transformar estupradores em pais de filhos gerados pelo estupro. 

Esta senhora quer manter as crianças princesas e príncipes ignorantes e vulneráveis sobre o abuso sexual ao demonizar a educação sexual na escola. Esta mulher quer recuperar neuroticamente a sua própria inocência perdida. 

Esta mulher está alucinada hoje, muito mais do que quando viu seu deus numa goiabeira. E a neurose dela vai ferrar com todas nós. E é por isso que ela está sendo zoada na rede. Esta mulher, antes criança sofredora e hoje adulta perigosa, precisa ser refreada antes de colocar em um pé de goiaba outras meninas vitimadas." 


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Quem me conhece, sabe que eu Leandra Migotto Certeza:
1. Sou a favor das políticas sociais.
2. Bandido bom é bandido ressocializado; e lugar de criança é na escola;
3. Entendo que criminosos de colarinho branco merecem e precisam ser julgados;
4. Apologia à tortura é crime;
5. Sou pró-família (independente de sua constituição);
6. Sou contra a erotização de crianças, mas a favor de uma educação sexual;
7. Sou a favor de acabar com todo e qualquer privilégio de parlamentares, juízes e do executivo.
8. Cotas devem existir para pessoas de classes sociais menos favorecidas, para negros, índios e pessoas com deficiência;
9. Direitos Humanos é direito de todos e, se não fosse por eles, não seríamos uma sociedade;
10. Policiais, Professores e Profissionais da Saúde deveriam ganhar muito bem para exercer melhor sua função social.
11. O Brasil é laico e todas as religiões merecem respeito, inclusive quem não tem religião nenhuma;
12. O feminismo protege a mulher contra todos os tipos de violência a qual está submetida e luta por direitos iguais, nem mais, nem menos;
13. Racismo é abominável;
14. Somos todos iguais na medida de nossas diferenças! E é notório o preconceito ainda enraizado na nossa sociedade;
15. Sou a favor de políticas públicas que beneficiem as minorias;
16. Sou contra quem prega violência de qualquer tipo. A solução de problemas sociais NÃO passa pela militarização;
17. Sou contra a liberação do porte de arma e a caça “esportiva”;
18. Sou contra educação básica à distância e defendo a educação integral e totalmente inclusiva;
19. Sou contra a censura;
20. Sou contra autoritarismo;
21. Sou a favor da preservação ambiental, da democracia, da existência do Ministério do Meio Ambiente, do Pacto de Paris, da demarcação das terras indígenas;
22. Sou a favor do amor, diversidade, respeito, igualdade social, união, desenvolvimento humano e digo não à violência!!!
23- Para exercer a função parlamentar, ou seja uma função pública de responsabilidade, é necessário uma avaliação se o candidato é portador de um compromisso ético e republicano. Caso esta condição tivesse sido levada em conta não teríamos um parlamento como o nosso, ocupado por muitas pessoas que se interessam em negociatas e desprezam as demandas sociais.
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Eu, Leandra Migotto Certeza, torço para dar errado neste governo eleito por apenas metade da população brasileira (contado os votos nulos brancos), e desde a véspera, por razões éticas, políticas, humanitárias, históricas entre outras...
E o texto a seguir, do Luiz Carlos Romanholli, só reforça o meu posicionamento:
Fala-se em “torcer pelo governo Bolsonaro”. Bem, eu acho que a gente torce é pra time e pra ganhar a Mega-Sena. De governo se cobra os erros e se apoia os acertos. Todo cidadão é oposição, independentemente do governo. Mas, vá lá, vamos admitir que se possa torcer. Então, eu torço contra. Quero que dê errado. Muito errado. Por uma razão simples: o que significa esse governo dar certo? Vamos à lista (feita a partir das promessas de campanha e das escolhas ministeriais): 

- Concentração de renda e aumento da pobreza e da desigualdade.

- Achatamento salarial.

- Perda de direitos trabalhistas.

- Reforma da Previdência que prejudica as pessoas mais vulneráveis e pobres, como quem recebe o BPC - Benefício de Prestação Continuada, dado em sua maioria para pessoas com deficiência.  

- Aumento do lucro dos bancos.

- Censura a escolas, universidades e professores, com perseguição ao pensamento crítico.

- Desmonte do ensino público em favor de grandes grupos privados do setor.

- Ensino à distância ao invés de escolas públicas de qualidade

- Desmonte do SUS para beneficiar as operadoras dos planos privados.

- Perseguição a opositores. Notadamente de esquerda, mas não só.

- Tolerância à tortura.

- Incentivo à violência policial, com a respectiva impunidade dos criminosos de farda.

- Ameaça às liberdades democráticas e ao estado de direito.

- Discurso oficial misógino e machista.

- Perseguição aos movimentos de trabalhadores rurais.

- Tolerância à violência contra mulheres, LGBTs e gays.

- Desmonte das políticas afirmativas para essas “minorias”.

- Aumento do desmatamento para atender os interesses do agronegócio e das mineradoras.

- Aumento do número de homicídios com a liberação do porte de armas.

- Frouxidão na fiscalização e punição de crimes ambientais.

- Frouxidão na fiscalização e punição de trabalho escravo.

- Desmonte do incentivo federal ao esporte.

- Desmonte das universidades públicas.

- Perseguição a índios e quilombolas.

- Desmanche da cultura e “criminalização” de nossos artistas. 

- Tolerância à corrupção.

- Fake news oficial.

- Tolerância a crimes de racismo.

- Capacitismo contra as pessoas com deficiência, políticas puramente assistencialistas, preconceituosas, retrógradas, demagogas, e que usam a imagem das pessoas com deficiência de forma vitimizada, menosprezada; além de privilegiar as associações e ONGs que não aceitam a real Inclusão Social e reforçam o estigma de que todas as pessoas com deficiência não possam ser protagonistas, ter autonomia, independência e fazer suas próprias escolhas! 

- Políticas totalmente contra a Educação Inclusiva, e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), aprovada pelas Nações Unidas em 2006.

- Políticas totalmente contra a Lei Brasileira de Inclusão – LBI (Lei nº 13.146/2015), promulgada em 2015, prevê, em seu artigo 27, que a educação constitui um direito humano fundamental da pessoa com deficiência.

- Interferência direta da religião (uma especificamente) nas decisões do executivo, ameaçando o estado laico e nos empurrando para uma temível teocracia.

- Ameaça à liberdade de imprensa, com censura e chantagem usando o expediente de verbas públicas de publicidade. 

- Política externa suicida em nome de mentiras, moralismo tacanho, fanatismo religioso e desconhecimento histórico.

- Subserviência aos Estados Unidos.

- Entreguismo.

- Falta de planejamento.