sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Natal solidário


Nove anos de solidariedade e ajuda em clima natalino


Grupo de voluntários “Ajudantes do Papai Noel”, há nove anos arrecada, separa e entrega doações para creches e instituições carentes.

Fundado em 2003, os Ajudantes do Papai Noel formam um grupo de pessoas do bem que se reúnem para arrecadar brinquedos, alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza e entregam em instituições carentes, asilos e creches nas proximidades do Natal.

Tudo teve inicio, quando o fundador do grupo, Rafael Farina, ainda criança era estimulado por sua mãe a separar os seus brinquedos para doar a outras crianças. Em 2003, então com 18 anos, Rafael decidiu organizar uma festa para arrecadar brinquedos junto com os seus amigos e assim engrandecer ainda mais a doação. Porém, poucos dias antes da festa, sua mãe a principal incentivadora do projeto falece. Contudo, estimulado pelo seu amigo Diogo, a arrecadação ocorreu e deu inicio a um projeto que até hoje já beneficiou mais de 35 instituições.

Atualmente, o grupo conta com 85 voluntários que ajudam na arrecadação, separação e entrega dos itens. Em 2010, os ajudantes arrecadaram cerca de 3000 brinquedos e mais de meia tonelada de alimentos, números que demonstram a seriedade do projeto e totalizam nestes nove anos mais de 17 mil brinquedos e duas toneladas de alimentos.

Para o natal de 2011, o grupo já começou a arrecadação e pretende conseguir ainda mais voluntários dispostos a ajudar nesta causa e superar a marca de 2010 nos números de brinquedos e quantidade de alimentos arrecadados.

Que tal você se juntar a essa turma?

Mais informações e Doações:


Rafael Farina
Rua da Redenção , 172 – Belém – SP
Tel: 11- 8635-6793 - Rafael 
Site: www.ajudantesdopapainoel.com.br
e-mail: ajudantesdopapainoel@gmail.com

Reconhecimento



Irena Sendler
 


  
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Irena_Sendler

Uma senhora de 98 anos chamada Irena Sendler faleceu há pouco tempo.   

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!).   

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.  Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer. Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.   

Por fim os nazistas apanharam-na. Souberam dessas atividades e em20 de Outubro de 1943 Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak, onde foi brutalmentetorturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampade Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II. 


Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossosdos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Já recuperada, foi no entanto condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco: "Corra!".
Esperando ser baleada pelas costas, Irena contudo correu por uma porta lateral e fugiu, escondendo-se nos becos cobertos de neve até ter certeza que não fora seguida. No dia seguinte, já abrigada entre amigos, Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados que os alemães publicavam nos jornais. Os membros da organização Żegota("Resgate")tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.   Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.   

Em 2006 foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por sua campanha sobre o Aquecimento Global. (sem comentários).


Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Este e-mail está sendo reenviado como uma cadeia comemorativa, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos (inclusive 1.900 sacerdotes católicos ) 500 mil ciganos, centenas de milhares de socialistas, comunistas e democratas e milhares de deficientes físicos e mentais  que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados, com os povos do  mundo  muitas vezes olhando para o outro lado.  

Agora, mais do que nunca, com o recrudescimento do racismo, da discriminação e os massacres de milhões de civis em conflitos e guerras sem fim em todos os continentes, é imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça.  Gente como Irena Sendler, que salvou milhares de vidas praticamente sozinha, é extremamente necessária.



"A razão pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração, sem importar a sua religião ou nacionalidade"- Irena Sendler

sábado, 22 de outubro de 2011

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O desafio de educar para a diversidade


Por Francisca Romana Giacometti 

No filme Entre os muros da escola (França, 2008), em uma sala de aula marcada por diferentes ordens de conflitos, a certa altura uma aluna adolescente de ascendência árabe questiona seu professor, com ironia, sobre o porquê de os livros didáticos trazerem personagens apenas com nomes franceses, como se não existem pessoas com nomes árabes.

Com isso, queria ilustrar o desconforto sentido por ela e diversos outros jovens de origem não francesa e o choque cultural vivido naquela sala, naquela escola e, claro, em toda a França.

Evidentemente, essa é uma situação tipicamente vivida na Europa, onde o tema da atenção à diversidade na Educação ganha corpo já há algumas décadas.

São problemas reais, enfrentados com grande dificuldade pelo sistema escolar. Mas não queremos falar da França e da Europa. Apenas ilustrar, com um exemplo já trazido para o cinema – num filme provocativo, que vale a pena assistir –, um dos mais importantes desafios da escola contemporânea brasileira: a educação para a diversidade.

No Brasil, o tema da diversidade está cada vez mais presente em livros, seminários, oficinas. Mas, como costuma acontecer em nossa tradição pedagógica, ainda vivemos em dois mundos – o das boas teorias e, ao mesmo tempo, o das práticas defasadas.

Somos um país que tem a diversidade cultural em suas raízes históricas, amalgamando influências indígenas, negras, europeias. Há um século, recebemos um dos maiores fluxos migratórios da história recente, e agora chegam bolivianos, peruanos, argentinos.

E ainda mais: do ponto de vista social, nossa escola reúne crianças nas diferentes situações socioeconômicas, que têm suas próprias experiências e aprendem em seu próprio ritmo.

Contudo, de modo geral, as escolas brasileiras ainda parecem funcionar como se tivessem apenas um tipo de estudante: o aluno ideal, que corresponde a todos os estereótipos daquilo que desejamos consciente ou inconscientemente.

Parafraseando o autor português João Barroso, ainda educamos a muitos como se fossem um só, e não a todos como se fossem “cada um”.

A diversidade cultural é tratada muitas vezes de modo quase folclórico; já as diferenças individuais, especialmente as ligadas às questões sociais, são simplesmente ignoradas.

Isso precisa mudar, por todos os motivos. Nossas salas de aula são de uma diversidade incrível, que produzem, naturalmente, grande riqueza humana.

São um espaço fecundo para as trocas, para que as crianças se expressem, ganhem autoestima, que se orgulhem do que são e se encontrem em país multicultural.

A questão da diversidade precisa definitivamente estar contemplada nos materiais empregados, nas práticas pedagógicas cotidianas.

Mais do que isso, precisamos preparar nossos professores para uma mudança de atitude, para criar um ambiente onde as diferenças sejam o combustível de uma maravilhosamente rica experiência educativa.

* Pedagoga, mestre em Educação e diretora de serviços educacionais do Agora Sistema de Ensino (www.souagora.com.br)e do Ético Sistema de Ensino (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Lição de Olímpio


Fonte: http://blogdojolimpio.blogspot.com/2011/05/o-ceu-caiu.html

segunda-feira, 16 de maio de 2011


O céu caiu (?)


Sempre considerei o físico Stephen Hawking um homem valente e controverso. Não só porque é um cientista que propõe teorias desconcertantes mas, principalmente, porque parece viver em constante questionamento, contrapondo-se às coisas que o afetam. Isso pode ser uma virtude, em se tratando de alguém que trabalha e pensa no plano muitas vezes imponderável da Física. Mas, também é um empenho do qual não pode sair sem cicatrizes.

Sua mais recente afirmação - a de que não existe vida após a morte - chocará muita gente e fará outras tantas cabeças matutarem sobre o que o levou a essa mudança de ideia. Na década de 80, ele afirmava que uma certa Teoria do Tudo (já estudada por Einstein) levaria o homem a "conhecer a mente de Deus". E, agora, como fica Deus se (conforme Hawking) já não há mais vida eterna?

Longe de mim querer desbancar o argumento dele, mesmo porque a mídia adora pinçar ditos e feitos fora de contexto; ele bem pode estar dizendo algo bem diferente do que foi noticiado. Porém, essa suposta guinada a respeito da eternidade me sugere uma trip bem mais pessoal do que uma simples sacada genial do Stephen cientista.

Minha ideia segue mais pela observação do quadro pessoal dele, marcado pela limitação progressiva de sua autonomia, por uma doença sem resolução. Penso no quanto seria difícil acreditar num paraíso, para alguém que vai perdendo movimento, força física e capacidade de interagir com os demais. Num outro nível, eu também passo por isso e vivo me perguntado: como será, amanhã?

Respostas à parte, o que me sobra é o gosto de viver intensamente o momento presente. Ninguém está livre de nascer cético ou crente. Mas, na mesma linha de pensamento, ninguém está vacinado contra o convencimento trazido até nós por ideias ou fatos marcantes. Só que o futuro, esse mistério sem resposta, não nos pertence.

O enigma da vida - eterna ou não - provavelmente acompanhará o homem para sempre. Se o sempre existir mesmo, é claro...

1 comentários:

Larissa disse...
Muito bonito. Muito bonito!
Se é que se questionar é uma virtude ou não, eu não sei, mas que é para poucos, isto é.
E eu acho que o mais importante de tudo isso é justamente esse questionamento acerca das coisas, do mundo, das teorias... porque assim, pelo menos, o ser humano tem um momento de liberdade (nesse lógica mundana maluca que, às vezes se parece mais com uma correnteza) e autonomia para escolher no que acreditar.

Adorei o post, primo.
Beijão