sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Alimentos da alma
“Escrever ficção é a forma covarde de dizer a verdade: real, única e factual”.
Leandra Migotto Certeza - outubro de 2007.
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Fantasias Caleidoscópicas
Beijo doce
pele macia
desejo molhado
entrega
Olhar apaixonado
Tudo tão humano...
Não deveria ser preciso falar ao mundo que a beleza está em ser quem somos
Corpos assimétricos, falas, sentidos e sentimentos diferentes
É só isso...
Mas ainda há um oceano separando a simplicidade do corpo dizendo a que veio
e da naturalidade em se encarar a condição humana da DIVERSIDADE!
Leandra Migotto Certeza – maio de 2007.
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Histórias
Tenho que contá-la
Vim pela palavra
e para ela servirei
As palavras são meu ar
Trinta anos se passaram
e eu ainda não tomei coragem de encontrar
a minha alma refletida
nas palavras
nas histórias
nas pessoas...
Como conseguiremos viver em dois mundos?
Leandra Migotto Certeza – junho de 2007.
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Estou de volta
mas não estou ainda
o que me angustia
é saber que tenho medo
de ser tomada pelas palavras
e delas me tornar refém
Por isso, o início será devagar...
Começar pelas crônicas
e me deixar levar
Até o dia em que a dor e a solidão serão tão intensas
como a alegria
e as boas e eternas lembranças
O mais profundo é saber que sei quem sou e há que vim
Tenho consciência que as palavras fazem parte de mim
São mais fortes, são mais intensas
e macarrão meu destino para sempre
AMO viver ao lado delas
Leandra Migotto Certeza – setembro de 2007.
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Tenho duas vidas (ou mais): a prática e a interior
Uso várias máscaras
visto várias roupas
Tudo para proteger a minha alma
da loucura que é viver UMA
Leandra Migotto Certeza – 05/02/09
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Gosto das tardes em que me reencontro e me sinto mais perto de mim mesma
Gosto de relembrar muitas vidas que fui para encontrar quem sou
Gosto de estar aqui e ao mesmo tempo não estar
Gosto de sentir o sol brilhar dentro de mim estando bem alto
Gosto de gostar da vida
Leandra Migotto Certeza – 12/05/09
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Quem sou?
mistério doce
forma diferente por ser igual
Humana
calma,
intensa,
densa,
ardente
exatamente como deve ser
Se um dia aparecerei?
Não sei...
Sigo o destino de não saber se existe destino
Vivo cada minuto como se fosse o último porque ele é
Carrego comigo todas as dores e delícias de ser mulher
Imperfeita / perfeita
Por simplesmente ser
Sem medo de existir
Leandra Migotto Certeza – 12/05/09.
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Hoje jogo fora um ser que poderia ter germinado e não foi
o porquê, não sei
Sinto a dor de algo se esvaindo pelas minhas entranhas
quente
vermelho
que incha o meu corpo
mas esvazia a minha alma
Não posso germinar e dar a luz
O motivo não sei e nem me explicaram...
Só apagaram as luzes do meu ventre
e calaram a minha alma
Tenho inveja das barrigas soltas por aí...
e das crianças a chorar e a sorrir
Leandra Migotto Certeza – 12/05/09.
Descrição da imagem: foto do lindo mar de Ilha Comprida, litoral norte de São Paulo, em janeiro de 2011, quando passei férias na casa dos meus sogros.
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